Concurso Fenajufe
Comissão julgadora do Concurso Literário da Fenajufe já definiu vencedores
BRASÍLIA – 26/03/07 – Após uma análise bastante detalhadas das 182 obras inscritas no Concurso Literário da Fenajufe – Guimarães Rosa – os membros da comissão julgadora já definiram os vencedores. Durante um mês, os professores e escritores Caior Riter, Jussara Santos e Heloisa Morais avaliaram os trabalhos inscritos para escolherem as três melhores poesias e os três melhores contos.
Além de premiar os vencedores, a Fenajufe também divulgará as dez primeiras obras de cada categoria, com um link especial em sua página na internet e, posteriormente, editará um livro. Os vencedores do concurso serão conhecidos por todos no 6° Congrejufe, que acontecerá de 28 de março a 1° de abril, em Gramado/RS.
A divulgação dos nomes dos vencedores do Concurso Literário Guimarães Rosa será na noite de quinta-feira, 29 de março, após a apresentação da atriz Deborah Finocchiaro, que interpretará a peça Sobre Anjos & Grilos, baseada em textos e poemas do escritor gaúcho Mario Quintana. A mesma atriz fará uma interpretação das três poesias e dos três contos escolhidos.
No evento, os coordenadores da Fenajufe farão uma premiação simbólica, sendo que o prêmio será entregue posteriormente a cada um dos ganhadores.
Os jurados do Concurso Literário Guimarães Rosa são todos escritores, especialistas na área da Língua Portuguesa e professores de Literatura.
O gaúcho Caio Riter é mestre e doutor em Literatura Brasileira, escritor, professor e autor de vários livros infanto-juvenis, entre eles: O fusquinha cor-de-rosa; Eduarda na barriga do Dragão; O rapaz que não era de Liverpool, vencedor do 1º Prêmio Barco a Vapor – Edições Sm, do Prêmio Açorianos e do Catálogo White Ravens; e A cor das coisas findas, vencedor do Prêmio Açorianos. Também tem participação em diversas antologias, tais como: Poemas no Ônibus [1998], Contos de Oficina 7[1991], O Livro dos Homens [2000], Antologia do Prêmio Felippe de Oliveira [2001], Porto Alegre: curvas e prazeres [2002], Contos de Bolso [2005], Contos do Novo Milênio [2006], Contos de bolsa [2006], Porto Alegre em contos [2006].
Jussara Santos, de Belo Horizonte, é doutora em Literatura de Língua Portuguesa pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, escritora e atualmente dá aula em escola municipal e em faculdades de Letras na capital mineira. Jussara publicou vários livros de contos e poesias, entre os quais De flores artificiais; Com afago e margaridas; e Minas em mim, sendo este último resultado do prêmio BDMG – Cultural de Poesia, realizado em 2005. Também participou da antologia Brasil afro-brasileiro, com ensaios sobre a temática afro-brasileira.
A paraibana Heloisa Morais, atualmente residente no Recife, é mestre em Literatura Brasileira pela Universidade Federal da Paraíba, tendo defendido a dissertação: Escola. Poesia? Presente!, analisando a obra de poetas pernambucanos. Heloisa deu aula de Língua Portuguesa e Literatura Brasileira durante três anos na Universidade de Michele de Montaigne, em Bourdeaux, na França e atualmente realiza pesquisas e projetos sobre a poesia pernambucana contemporânea. Como diretora da Gerência de Literatura e Editoração da Fundação de Cultura Cidade do Recife, Heloisa Morais é coordenadora da organização do Festival Recifense de Literatura.
Há 50 anos calou-se o grande escritor das Gerais
Com o seu I Concurso Literário, a Fenajufe pretendeu homenagear o grande escritor mineiro João Guimarães Rosa, autor da obra prima Grande Sertão: Veredas. Neste ano de 2007, completam-se 50 anos que a literatura brasileira perdeu o escritor nascido na pequena cidade mineira de Codisburgo. Imortalizado por ter inovado a Língua Portuguesa, com seus palavreados do sertanejo mineiro, Guimarães Rosa disse certa vez “quando escrevo, repito o que já vivi antes. E para estas duas vidas, um léxico só não é suficiente. Em outras palavras, gostaria de ser um crocodilo vivendo no rio São Francisco”. O escritor que deu vida a históricos personagens, como Manuelzão [alguém já ouviu falar em Andrexé, povoado próximo ao município de Três Marias, onde vivia o contador de casos Manuelzão?], Riobaldo e Diadorim merece mesmo receber grandes homenagens de seu país. Que o Brasil não se esqueça nunca do legado deixado por Rosa, o homem que escreveu: '[...] Gostaria de ser um crocodilo porque amo os grandes rios, pois são profundos como a alma de um homem. Na superfície são muito vivazes e claros, mas nas profundezas são tranqüilos e escuros como o sofrimento dos homens'.
Da Fenajufe – Leonor Costa
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