terça-feira, 30 de outubro de 2007

Millôres, que tais



Ensobar

É exigir café fervendo

E deixar esfriar.



Lembro mal

Tempo em que a

Aldeia era local.



A cidade dura

Não faz homens

A sua altura



Lá está o magistrado

Com seu ar

De injustiçado.



Millor, não entendes nada

Diz, e repete,

A badalada.



Maravilha sem par

A televisão

Só falta não falar.



Millôr Fernandes, Hai-Kais, L&PM Pocket, 1997.

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