Millôres, que tais
Ensobar
É exigir café fervendo
E deixar esfriar.
Lembro mal
Tempo em que a
Aldeia era local.
A cidade dura
Não faz homens
A sua altura
Lá está o magistrado
Com seu ar
De injustiçado.
Millor, não entendes nada
Diz, e repete,
A badalada.
Maravilha sem par
A televisão
Só falta não falar.
Millôr Fernandes, Hai-Kais, L&PM Pocket, 1997.
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