quinta-feira, 15 de março de 2007

Espera

Abro lentamente este dia
que tarda, mas passa:
vício de cidade que trabalha

Abro a palavra

A mente calma alivia a memória

Atrás de mim
o céu finge eternidade
mas falha

Ardo deveras
páginas afora

Passará essa agonia?

Cofre de vontades
semblante enigma
vigia d'outro lado
espelho de vaidades escondidas

Chega disfarçada
senta na calçada da capital do país
perdida para uns
tantos cartazes
poesia, aqui nunca serás tarde

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