quarta-feira, 3 de janeiro de 2007

Sobre os blogs de política

Durante o debate da Globo entre os candidatos Lula e Alckmim que encerrava a campanha do segundo turno, o jornalista Ricardo Noblat presente no estúdio "postava" suas notas para milhares de leitores on line, como eu próprio. Acho que foi mesmo dele a primeira notinha sobre o chilique do apresentador Wiliam Bonner, no intervalo de um dos blocos, quando, dirigindo-se à platéia petista, ordenou silência e disse que não reconhecia ali nem patente nem autoridade de Suas Excelências. Tomou uma vaia. Desculpou-se pouco depois.

(A notícia instantânea sussurrada.)

Muito já se escreveu sobre o fenômeno dos blogs, e há quem diga que já até saiu de moda, agora o que estaria "bombando" (expressão típica, tempos de terror!) é o Second Life...A moda e o moderno estão sempre se renovando conforme sua natureza, mas o Rádio Gá-Gá tem até aumentado sua audiência; o livro não sumiu e se depender de mim não sumirá nunca. A tv será digital em breve e aí vamos ver se ocorre a tal convergência de mídias. Bom, isso é para dizer sobre a internet; me parece que a lógica de sua expansão está mais para cumulativa do que para excludente. Ela não está eliminando os outros veículos, mas permitindo a interação direta entre quem escreve e publica e quem lê.

Os blogs de política nessa eleição fizeram a transição da imprensa unilateral para outra coisa, certamente jornalística, mas não imune, nem impune: liberdade de expressão, sim, mas para todo mundo. É que no blog, a cada nota, o leitor participa, adere, ignora, (o leitor silencioso), esculhamba, pondera, rejeita, opina, manda recados, anuncia...

Até então não havia esse "dado concreto". E os melhores já estão em pleno ritmo de segundo tempo da era Lula.

Alon

Noblat

Mino Carta

Franklin Martins

Moreno

Cláudio Humberto

Josias de Sousa

Teresa Cruvinel

Paulo Henrique Amorim

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