Apontados novos
No blog da Soninha, o impedimento do Dagoberto (São Paulo) que invalidou o golaço marcado não faz justiça nem ao jogo nem à regra:
Não é só porque o gol foi lindo, mas pela própria razão de ser do impedimento. Ele existe para impedir a banheira, o cara paradão sem participar do jogo, a covardia. Para obrigar o trabalho conjunto, de estratégia e movimentação, tanto do ataque quanto da defesa. Pois bem: naquele lance, o Dagoberto esperou até o último centésimo de segundo para sair da linha formada pelos jogadores de defesa. Entabulou aquela comunicação sem palavas, corporal e instantânea, com o outro jogador do São Paulo. Mas se precipitou em décimos de
segundo – ou foi o pé do colega que demorou 0.1seg a mais, de modo que pé e bola
se encontraram quando Dagoberto já estava 13 centímetros à frente dos marcadores. 13 centímetros, segundo o computador da televisão. Que pode até ter congelado a imagem 0.2 seg depois do momento exato em que o pé encostou na bola, cravando uma distância imprecisa. Ainda que tenha acertado no cálculo: treze centímetros é o comprimento do mouse aí na sua frente. Enfim, uma distância que não existe no campo de futebol, para ser detectada a olho nu, com os corpos em movimento, e a partir de um ponto definido por outro movimento em outro lugar! Se ao menos impedimento fosse como a permanência no garrafão, isto é, proibida
apenas depois de 3 segundos... Mas isso traria dificuldades extras, em vez de
resolver injustiças.
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