terça-feira, 26 de junho de 2007

A era do grampo

Trechos do diálogo entre Roriz e Tarcísio Moura publicados na VEJA:


Roriz – Recebeu aí?
Tarcísio – Recebi e já estou resolvendo. Lá pelas 4 horas vai ser entregue para o Major o valor total. (...) Lá na MSPW (refere-se à sigla SMPW, que designa a região da residência de Roriz em Brasília).
Roriz – Não, mas o, o... Mas pode ser separado.
Tarcísio – Não, mas o melhor era tirar de uma vez só, porque não tem jeito de o cheque ficar no caixa.
Roriz – Ah, sei. Não tem, não?
Tarcísio – Não. Não tem como tirar o dinheiro e pôr o cheque na compensação, e pronto.
Roriz – Não pode tirar? Tiraram tudo?
Tarcísio – Tudo. (...)
Roriz – Então tá... Mas aí não dá pra entregar assim porque... Mas... Se você... Na hora que tiver com você, você avisa para mim.
Tarcísio – Não, não vai estar na minha mão, não. O dinheiro vai da tesouraria, vai direto. Vai num carro.
Roriz – Ah, não. Aí não quero, não. (...) Desse jeito, não.
Tarcísio – E como eu vou transportar esse dinheirão todo?
Roriz – Mas não quero, não. (...)
Tarcísio – Então eu vou ter que... Porque não tem jeito, não tem como... Onde é que vai pôr esse dinheiro?
Roriz – Não tem um cofre, tesouraria?
Tarcísio – Saiu da tesouraria tem que entregar para alguém.
Roriz – Não tem um cofre, não?
Tarcísio – Mas pra isso tudo não tem, não. (Risos)
Roriz – Então vamos esperar, ver o que faz. (...) Eu não sei, eu não sei como é que faz... Assim eu não gostaria, não.
Tarcísio – Não?
Roriz – O dinheiro é de muita gente.
Tarcísio – Ahã. Pois é. O problema é que tinha que centralizar num lugar e fazer (refere-se a fazer a partilha). Porque depósito mesmo é só um, de 200 e poucos mil (refere-se ao fato de que apenas uma pessoa receberia o dinheiro na forma de depósito). E como é que entrega os outros? Não tem jeito. Tinha que entregar num lugar, pra naquele lugar dividir. Eu imaginei que podia levar para lá ("lá", no caso, era a MSPW, região onde mora Roriz).
Roriz – Não, não convém, não.

No mesmo dia, em outro telefonema que Roriz também se negou a comentar em sua nota, ele e Tarcísio se acertaram:

Tarcísio – Posso sugerir um negócio?
Roriz – Pode.
Tarcísio – Por que a gente não leva lá para o escritório do Nenê (refere-se a Nenê Constantino, dono da Gol)?
Roriz – Era pra isso mesmo.
Tarcísio – E de lá cada um sai com o seu...

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