Ronaldo Cunha Lima renunciou: medo do Supremo?
Até bem pouco, o STF era visto como uma espécie de Reino dos Céus dos políticos encalacrados na Justiça. Ali, encontravam sombra, água e impunidade. Ao recepcionar a denúncia do Mensalão, o Supremo como que instalou uma grelha no paraíso. E pôs para assar 40 réus.
Pois bem, aqueles que acorriam ao STF como fuga da realidade imposta pelos rigores da lei perguntam-se agora: como é que eu faço pra fugir do STF? O deputado Ronaldo Cunha Lima (PSDB-PB) encontrou refúgio na renúncia.
Cunha Lima seria julgado pelos ministros do STF na próxima segunda-feira. O relator do caso dele é Joaquim Barbosa, o algoz dos mensaleiros. Sentindo o cheiro de queimado, o deputado bateu em retirada.
O deputado é acusado de tentativa de homicídio. Coisa incontroversa. Mandou bala num adversário político, Tarcísio Buriti, em pleno restaurante, sob os olhares estupefatos da clientela. Deu-se em 1993.
Recolhido ao hospital, o alvo de Cunha Lima sobreviveu ao atentado. Morreria dez anos depois. Foi-se sem ver a punição do agressor. Algo que tinha grandes chances de ocorrer na próxima segunda, no plenário do Supremo.
Ao renunciar, Cunha Lima posterga uma condenação que espera 14 anos para acontecer. Sem mandato, o deputado perde a chamada prerrogativa de foro. O STF terá de devolver o processo à primeira instância do Judiciário. Condenado, o réu poderá, doravante, recorrer. E recorrer. E recorrer. No limite, o caso pode voltar, sabe Deus quando, ao mesmo STF. Até lá, Cunha Lima, já entrado em anos, já não poderá ser mandato a uma hospedaria prisional. Ou seja, mexe daqui, mexe dali, sempre há uma picada que leva conduz à impunidade do Éden.
Pois bem, aqueles que acorriam ao STF como fuga da realidade imposta pelos rigores da lei perguntam-se agora: como é que eu faço pra fugir do STF? O deputado Ronaldo Cunha Lima (PSDB-PB) encontrou refúgio na renúncia.
Cunha Lima seria julgado pelos ministros do STF na próxima segunda-feira. O relator do caso dele é Joaquim Barbosa, o algoz dos mensaleiros. Sentindo o cheiro de queimado, o deputado bateu em retirada.
O deputado é acusado de tentativa de homicídio. Coisa incontroversa. Mandou bala num adversário político, Tarcísio Buriti, em pleno restaurante, sob os olhares estupefatos da clientela. Deu-se em 1993.
Recolhido ao hospital, o alvo de Cunha Lima sobreviveu ao atentado. Morreria dez anos depois. Foi-se sem ver a punição do agressor. Algo que tinha grandes chances de ocorrer na próxima segunda, no plenário do Supremo.
Ao renunciar, Cunha Lima posterga uma condenação que espera 14 anos para acontecer. Sem mandato, o deputado perde a chamada prerrogativa de foro. O STF terá de devolver o processo à primeira instância do Judiciário. Condenado, o réu poderá, doravante, recorrer. E recorrer. E recorrer. No limite, o caso pode voltar, sabe Deus quando, ao mesmo STF. Até lá, Cunha Lima, já entrado em anos, já não poderá ser mandato a uma hospedaria prisional. Ou seja, mexe daqui, mexe dali, sempre há uma picada que leva conduz à impunidade do Éden.
Escrito por Josias de Souza às 16h34
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