Com a bênção de Gravatinha
Quando Washington subiu para cabecear o escanteio batido por Thiago Neves, milhares de tricolores, congelados pelo nervosismo da pseudo-desclassificação, prenderam a respiração. Na derradeira oportunidade da partida, o semestre dependia do êxito na conclusão do atacante. Sentado na quina da baliza são-paulina (junção da trave com o travessão) estava Gravatinha, evocado por tudo e por todos no mais importante momento da centenária história do Fluminense. Semblante plácido, limitou-se a apontar para aonde o Coração de Leão deveria colocar a bola. Com leveza e maestria, Washington subiu mais que a marcação e estufou a rede de Rogério Ceni. Explosão e alívio no Maracanã, que recebeu uma daquelas partidas imortais. Time e torcida, num só compasso, não cabiam em si de tanta emoção. Extasiados, pareciam envoltos por um imenso coração rodriguiano. Uma linda e épica festa de um clube que se agigantou de tal forma que está a dois passos de escrever a mais importante página de sua rica e gloriosa história. Time e torcida? Ah, continuaram por lá, se abraçado, se aplaudindo… Se ficassem assim para sempre, seriam felizes para sempre. Com a bênção de Gravatinha!
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